A Confissão de Fé de Westminster
A notável e histórica “Assembleia de Teólogos Sábios e Eruditos” foi convocada em 12 de junho de 1643 pelo Parlamento da Inglaterra para estabelecer a doutrina da Igreja em oposição ao arminianismo, para discutir também o Governo e a Liturgia da Igreja e para defender o ensino da Igreja Anglicana.
A primeira sessão ocorreu no dia 1o de julho de 1643 e reuniu 121 teólogos na Abadia de Westminster, em Londres. A promulgação e adoção da Confissão de Fé foi um marco não apenas para as igrejas da Inglaterra e da Escócia, mas para todo o Cristianismo Reformado.
Nesta edição, colocamos no rodapé da Nota Histórica de John Kyle os capítulos que a Igreja Presbiteriana do Norte (EUA) incluiu em 1903 na Confissão. Tomamos o cuidado de, desse modo, identificar os tais capítulos (Do Espírito Santo e Do Amor de Deus e das Missões) por não haver a Igreja Presbiteriana do Brasil feito a mesma inclusão. Não podemos tratá-los como se integrassem a Confissão de Fé de Westminster tal como adotada pela IPB. Essa decisão editorial não entra no mérito dos referidos capítulos, nem poderia fazê-lo.
Qual será o valor atual desta publicação? Muitos, sob vários aspectos. A Igreja Presbiteriana é confessional, identifica-se pela aceitação e defesa de seus símbolos de fé e, ao fazê-lo, propaga a melhor sistematização de teologia já produzida em todos os tempos. Especialmente em dias como os de hoje, quando “ventos de doutrina” sopram de todos os lados, a firmeza doutrinária histórica será um elemento importante para a sobrevivência das Igrejas de origem Reformada e, melhor ainda, será também a contribuição delas para grupos novos que vão surgindo sem o mesmo embasamento na Palavra de Deus, nossa Regra Única e Infalível de Fé e de Prática.
A Confissão de Fé de Westminster, porém, não tenciona congelar-nos no passado nem inutilizar nossa capacidade de raciocínio e reflexão. Como fruto das lutas dos cristãos reformados contra os erros do seu tempo, ela nos desafia e estimula a pensarmos profundamente nossa época e a buscarmos nas Escrituras as respostas para as urgentes questões que enfrentamos.
Cláudio Marra Editor